domingo, 10 de agosto de 2008

E a metamorfose está quase completa...

Quem convive comigo, sabe que sempre fui oito ou oitenta. Dona de minhas decisões, dura em querer a perfeição, mesmo sendo o ser mais imperfeito da Terra. Cheia de convicções, inteligente, forte, amiga, mas principalmente, nunca era aquela que deixasse um livro por um salão. Bem, como eu disse, nunca era...tempo verbal pretérito de alguma coisa que não lembro. Sim. Sim, sim, sim!!! Eu mudei, na verdade estou mudando. Os sábados ficaram sagrados para o salão: unhas, sombracelhas, creminhos no cabelo, massagens. Agora, estou incorporando as massagens corporais modeladoras e ando usando com maior frequência minhas dúzias de óleos corporais e cremes que ficavam expostos implorando minha pele!!

Mas por que tantas mudanças? Por que andei olhando para esse corpo e descobri que ser forte, inteligente e guerreira, não significa ficar mulambenta néh!! E já que a natureza não me deu um corpo de Juliana Paes Leme, não custa nada ajudar a génetica!!!

A verdade é que esses ritos diários, me ajudam a ficar melhor comigo mesma. O banho mais direcionado, o óleo que deixa a pele macia e cheirosa o dia todo. O sabonete especial para minha pele que está eliminando gradativamente as minhas espinhas. A auto estima florescendo devagar. Tudo contribui para uma nova mulher. Uma nova Taty.

Vaidade eu sempre tive - mesmo que de forma discreta - agora, a alio ao bem-estar. Mudar de vida é ser feliz!! É achar nas coisas simples, como a massagem anti-stress, uma maneira de se encontrar consigo mesma. É caminhar pela rua e dizer bom dia a todos. É demonstrar na face a felicidade, e infelizmente ver como isso incomoda aos demais, entretanto, esquecer esses demais e procurar manter-se equilibrada e principalmente, radiante em felicidade!!

Eu ando mudando de novo. Nova fase de vida. Andei por meses infurnada num casulo, comendo como uma lagarta louca, acumulando energias internas para a transformação. Ainda não saí completamente do casulo. Estou me reestruturando para renascer como uma borboleta [de preferência lilás], nessa fase eu aprendendo descobrir o novo corpo, a amar ele da forma que ele é...e depois?...Depois ganhar asas e alçar vôo. E descobri novos campos floridos e me fartar do néctar da vida e ser feliz, espalhando luz, cor e vida pela Terra...

E continua a vida nesse planetinha olímpico, azul e lindo onde eu moro...

[Auto-crônica fechada ao som de Passos pela rua - Alma D'jem; O Retorno de Saturno - Detonautas Roque Clube]

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