sábado, 28 de fevereiro de 2009

Free to decide...


Ela novamente não dormiu naquela noite. Talvez o calor, talvez a insônia simplesmente, ou quem sabe seus pensamentos que nas últimas 36 horas a deixavam ansiosa e com tendência a "teoria da conspiração". Ela temia o que o sempre a acontecia nos últimos relacionamentos: o fim. O cansaço era, principalmente, pelo fato de seu companheiro entrar no mundo imaginário que ele mesmo criou e se instalar lá de mala e cuia! Ele não percebia que ela estava ao lado. Talvez não quisesse preocupá-la, mas infelizmente essa tentativa causou o efeito contrário na mesma. E ela não sabia esperar. Ela era elétrica demais, pensava demais, e confabulava as teorias mais sinistras de conspiração contra ela mesma.

Liberdade para decidir. Essa frase martelava em sua mente a cada 35 segundos. Ela tinha essa liberdade, mas será que teria a coragem necessária para colocar fim naquilo tudo? As vezes achava que era um suícidio aquele relacionamento, não conseguia entender como ele a bloqueava e a transformava no doce que ela havia se tornado. Ela se questionava. Mas ela também temia. Uma vez ela escutou que quando se ama de verdade, as pessoas costumam se surpreender com suas atitudes. E ela se questionava se estava amando ou apenas acomodada com tudo aquilo?!

A verdade é que se fosse em outras épocas, ela já teria desistido de tudo e partido para outro relacionamento, mais tranquilo e mais simples também. Porém, novamente, ela respirou fundo e com toda liberdade decidiu que ainda não era hora de abandonar o barco. A vida não é lógica e muito menos os sentimentos humanos. Ela precisava exercitar a paciência, a tolerância e principalmente aprender que as atitudes humanas são diferentes e complexas, mas uma coisa é certa, suicidar-se por um relacionamento nunca mais. Ao primeiro passo deste, a atitude certa é terminar e ter forças para reiniciar tudo de novo. E aprender a não se entregar total, porém, viver tudo o que for possível, com calma e ao mesmo tempo com furor. Isso não é suícidio. É aprendizado, e chegou a hora de aprender a ter calma, paciência, mas lembrar de se amar sempre.

Ela tomou mais um gole de tequila, aplacando o salgado do sal e possibilitanto aprumar o gosto ácido do limão. Olhou para o corpo dele deitado na cama e prometeu a si mesma: ao primeiro sinal de falta de amor próprio dela, aos sinais de desgate vigentes e falta de carinho por parte dele ela não pensaria duas vezes, colocaria um fim em tudo, pois ela era livre pra decidir por aquilo: viver um amor prisioneiro ou reaprender a viver só, mesmo que não fosse feliz!! Liberdade para decidir, a escolha era dela e de mais ninguém...

(Angel Izzarottiv)

Sons de efeito: The Cranberries - Free to decide; Carry On; Just my Imagination, Ridiculous Thoughts; Everything I said; Analyse e Ode to Family.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Conclusões aleatórias de fim de carnaval!


O bom de não viajar no carnaval, é que você descobre quanto que a falta de uma dose de música baiana e loucuras em geral faz falta em sua vida. Neste ano por contenção de despesas e reflexos da crise, resolvi passar o carnaval na amável Grande Vitória [pausa: Que decepção....juro que já estou engordando o porquinho cor-de-rosa para Arraial D'Ajuda 2010!!!] e descobri que NÃO sei me diverti aqui na capital. O excesso de funk, pagode, samba e marchinhas desconexas não me agrada!! Que saudades do Parracho...da Ilha dos Aquários...Carnaval de máscaras no Beco das Cores...enfim, que saudades da Bahia e de coisas que só os bahianos tem!!!

Então verdadeiramente falando, só há dois lugares no mundo que sabem realmente fazer carnaval: o Rio de Janeiro [por que tem todo aquele clima impossível de ser tirado dele] e a Bahia [onde até heavy metal consegue ganhar a malemolência de um batuque e faz qualquer pessoa correr atrás do trio!]


E continua a vida neste ponto do Brasil que amo, mas que entende de congo com certeza!!!!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Tudo que pensei dormindo...

As músicas acabam falando mais de nossos dias que nós mesmo imaginamos. Quantas vezes nos pegamos em pensamentos que dariam ótimas baladas ou até mesmo grandes hinos do rock??? Eu costumo falar dormindo. Na verdade eu costumo pensar longos diálogos, onde tudo ficaria mais simples. Mais ou menos como um ensaio mental da decisão da vida, sabe? Então, lá no meu fantástico mundo de Taty eu tenho tudo altamente programado e correto, porém, na hora em que deveria usar o tal diálogo ensaiado, ele se esconde para algum canto. E eu fico com cara de tacho. Aí o que eu faço? Venho aqui e escrevo...Pensar e escrever é sempre mais fácil que falar, essa é a conclusão final!! E "Tudo o que falei dormindo" do Detonautas, é uma síntese do que acontece ultimamente...Ando falando dormindo demais e não tendo coragem de falar acordada...

Tudo que eu falei dormindo
(Detonautas Roque Clube)

Aumenta o som do meu stereo
Que eu quero te levar a sério
Apaga a luz e chega perto
Pra eu te mostrar os meus segredos
Você dormiu sem me dizer as coisas boas do seu dia
E eu saí sem te contar que o que importa nessa vida
É só deixar rolar e sempre...é só deixar rolar

E no meu corpo ainda sinto o seu perfume
O resultado do nosso confronto
E se para os outros já não faz sentido
Eu continuo tentando insistindo
Você dormiu sem me dizer as coisas boas do seu dia
E eu saí sem te contar que o que importa nessa vida
É só deixar rolar e sempre...é só deixar rolar

Sei lá tudo pode parecer estranho
Sei lá tudo pode parecer a todo tempo de verdade

E tudo o que eu falei dormindo
Eu sempre quis dizer de dia
Invento artifícios para nunca te perder
Eu não vou te perder...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Versos Simples
(Chimarruts)

Sabe, já faz tempo,
Que eu queria te falar
Das coisas que eu trago no peito

Saudade,
Já não sei se é a palavra certa para usar
Ainda lembro do seu jeito

Não te trago ouro,
Porque ele não entra no céu
E nenhuma riqueza deste mundo
Não te trago flores,
Porque elas secam e caem ao chão
Te trago os meus versos simples,
Mas que eu fiz de coração.

Sabe, já faz tempo,
Que eu queria te falar
Das coisas que eu trago no peito

Saudade,
Já não sei se é a palavra certa para usar
Ainda lembro do seu jeito

Não te trago ouro,
Porque ele não entra no céu
E nenhuma riqueza deste mundo
Não te trago flores,
Porque elas secam e caem ao chão
Te trago os meus versos simples,
Mas que fiz de coração.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Andando pelos blogs...

Passeando no blog da Cris Guerra descobri uma indicação linda de uma nova voz. Ele se chama Oren Lavie é cantor, letrista de suas músicas, diretor teatral. O que ele produz pode ser conferido no myspace dele. Aliás, tem um videoclipe muito bonitinho lá e refere-se a música Her Morning Elegance. A forma como o clipe é apresentado me lembrou muito o clipe do Peter Gabriel - Sledge Hammer - é claro que este último é bem mais primitivo, mas também não deixa de ser uma arte.

Então se você está com tempo, da uma olhada no site do cara e saia de alma lavada com as músicas com estilo e beleza que ele faz!!

E continua a vida nesse lugar chamado Terra.

Este blog tem andando abandonado. Largado sozinho na blogsfera. Mas vou tentar me desculpar com ele e retormar gradativamente a vida aqui...
E a vida deve continuar, bela e linda, neste lugar calmo e gostoso de viver que é esse planetinha chamado Terra.