domingo, 19 de dezembro de 2010

A vida é tão rara...A vida não para...


Ana Carolina acordou mais tarde e ficou deitada na cama pensando no dia longo que teria pela frente.


Final de ano, muitas coisas para resolver e uma falta de organização que ocasionava um desespero pela ausência de tempo. Ela sempre foi desorganizada. Apesar de aparentemente demonstrar uma organização sobre humana! Carol, como alguns a chamavam, sempre parafraseava Reginaldo Farias: "Sou organizada na minha mais completa desorganização!". Somente os desorganizados entendem isso, ela dizia.


A desorganização na vida de Ana era tão latente que se estendia aos relacionamentos! Ah, os relacionamentos, um campo completamente obscuro para essa aquariana que amava olhar as estrelas e sentir o cheiro do mar. Essa mania de abraçar o mundo, proporcionava os mais completos desencontros! Ela queria liberdade, mas não fornecia tanta. Ela precisava de atenção, mas sempre foi desatenta com datas e detalhes. E fora que romantismo, nunca foi o forte dela. A verdade é que Ana Carolina sempre se sentiu desorganizada no tempo e nas emoções. Como sua mente não parava, ela entrava em colapso muitas vezes.


Por um segundo pensou em desesperar-se mais uma vez. Fim de ano, relacionamentos problemáticos, perdas na família. Eram muitas informações para um ano apenas. 2010 havia sido bem complicado e hoje ainda era 19 de dezembro. Foi nesse momento, quando o desespero quase bate a porta do coração, que Ana olhou pro teto do quarto e decidiu levantar-se. Cansou de pensar em relacionamentos problemáticos, em desorganização da agenda e decidiu reolver as pendências da vida.


Levantou-se, ligou o rádio e ao ouvir Lenine cantando "...a vida é tão rara. A vida não para.", decidiu que não adianta chorar o leite derramado. O que adianta é tomar uma ducha fria, abrir bem os olhos, vestir uma roupa boa e ir enfrentar a vida e o que ela nos reserva. Por que a vida é tão rara e a vida não para!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Friday I’m in love


Cores psicodélicas. Praias e piscinas durante o verão. Risadas não contidas. Segredos contados ao pé do ouvido. Beijos apaixonados e escondidos da adolescência. E num relance, num milésimo de segundos, tudo vem à mente como um grande filme de ação, amor, drama: tudo junto e misturado. Lembro-me das eternas queimadas que começavam nas tardes e rasgavam a madrugada adentro. O cheiro de terra molhada, acompanhado do banho de chuva, até o corpo sinalizar com espirros. E as tardes embaixo das mangueiras e goiabeiras em que balançando num balanço de madeira e cordas, deixávamos os cabelos ao vento sem medo de despenteá-los. Despentear. Essa é a palavra. É a essência da vida. Todas as vezes que deixamos nos despentear pela vida, somos muito mais felizes! Saboreamos melhor os sabores. Nos permitimos errar sem sofrer. E principalmente, sabemos que nas sextas-feiras estamos sempre prontos para nos apaixonar! Por que independente das tristezas da semana ou alegrias [sabe-se lá como ela está sendo vivida a sua vida, não é mesmo?], o importante, o mais importante, é lembrar que na sexta a paixão é mais hesitante. O coração está mais aberto para a festa, para vida, para o amor e alegria! E esqueça se o sábado ou o domingo demoram a chegar! O importante é que não devemos esquecer nunca que sexta é dia de se apaixonar. Paixão adolescente, sem começo nem fim. Paixão pela vida. Pelos dias de sol ou de chuva. Paixão de despentear os cabelos. Paixão: pura e simples, como eram os dias adolescentes de verão na década de 80.


(Fechada ao som de The Cure. Figura retirada do site http://adalila.files.wordpress.com/2008/07/coracao_psicodelico.jpg, em 20/09/10)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Only Time...


Who can say where the road goes,
Where the day flows?
Only time...

And who can say if your love grows,
As your heart chose?
Only time...

Who can say why your heart sighs,
As your love flies?
Only time...

And who can say why your heart cries,
When your love dies?
Only time...

Who can say when the roads meet,
That love might be,
In your heart.

And who can say when the day sleeps,
If the night keeps all your heart?
Night keeps all your heart...

Who can say if your love grows,
As your heart chose?
Only time...

And who can say where the road goes,
Where the day flows?
Only time...

Who knows?
Only time...

Who knows?
Only time...

Reticências...


As reticências na língua portuguesa, se relacionam com uma pausa, por assim dizer. No meu caso e desse blog, uma longa pausa se fez. Falta de tempo, correria, mudança de atitudes pessoais, dedicar mais tempo a quem se ama na vida real ao invés desse mundo virtual, frio e solitário.

Sim. Esse blog me acompanhou nos momentos mais solitários e de depressão dos últimos anos. Ainda tenho os momentos de depressão, mas hoje, alguém depende de mim. Alguém que sempre cuidou de mim. E chegou a hora de cuidar dela! E enquanto não encontro tempo para cá, teremos mais reticências por aqui...ou pausas...ou simplesmente, um longo tempo sem atualizar. Como esse blog sempre foi muito solitário, acredito que apenas eu e eu mesma notaremos essa pausa!

Então, that's all, folks!! E até a próxima...


Post fechado ao som de: Make it wit chou, No one knows, Medication, I came never, In my head, Broken box e Little Sister - todas do Queen of Stones Age