quarta-feira, 2 de abril de 2008

Anjo....

Depois dela esperar por algumas horas a decisão e descobrir que suas dúvidas estavam confirmadas, ela simplesmente resolveu sair daquela sala, daquele lugar com gente entrando e saindo a todo momento. Ela precisava simplesmente se retirar dali. O dia não estava sendo bom. Essa era a conclusão por ela feita.

Ela entrou no pequeno centro comercial, olhou algumas coisas, mas nada tirava de sua mente aquela constatação. Não adianta cruzar com as pessoas ali. É como se elas não existissem para ela. Ela precisava de ar puro. De brisa nova. Precisava caminhar! Isto!! Uma caminhada e os problemas irão se dissipando!

Ela percebeu que já entardecia. Colocou os fones no ouvido, mãos no bolso, óculos escuros no rosto e saiu caminhando. Respirando o ar diferente. Sentindo a brisa em seu rosto a bater! Longe, avistou a praia e resolveu caminhar em sua margem. Incrível, as ondas batendo na praia. Aquele som. Aquele aroma. Ela simplesmente parou, olhou para o horizonte e começou a ter a conversa com Ele! Sim! Esta era a melhor maneira que achava para meditar com Deus. E ao meditar, ao entregar em suas Mãos suas dúvidas, seus medos, inseguranças e tantas outras coisas; ela sem perceber deixava rolar uma fonte de água dos seus olhos. Incrível, as lágrimas corriam no rosto e a dor e a tristeza, se esvaía como fumaça de seu corpo.

Ela estava a meditar! Simples! Uma música, uma oração interna, uma conversa direta com o Pai, lágrimas de arrependimento e a certeza que tudo daria certo! O mundo poderia acabar naquele momento, tudo poderia acontecer e ela nem perceberia! E como o destino tem suas facetas, mesmo quando meditava seu anjo da guarda se mantinha ao seu lado. E ela sabia que com ele que ela poderia contar sempre. E como num susto rapido, um dos fones caiu de seu ouvido e ela escutou a aproximação. Eram dois jovens, que se aproximavam um de cada lado, como se resolvessem se encontrar no ponto onde ela estava. Entretanto, como ela estava em prantos, eles pararam e mudaram a direção. Chegaram a questionar alguma coisa, mas ela continuou caminhando, mas agora mais atenta. Percebeu, neste instante que o anjo retirou aquele fone; pois se não o fizesse ela estaria numa situação complicada neste momento!

Ela resolveu continuar caminhando, mas em direção ao ponto de ônibus e retornar a sua casa. Ainda meio torpe com todos os acontecimentos dos últimos 45 minutos, comprou uma água, e a medida que bebia cada gole, agradecia a presença do anjo e ao fato de apesar dela se sentir o ser mais só do planeta, saber que poderia sempre contar com alguém invisível aos olhos, mas palpável pelo coração! E apesar de toda a rejeição e a luta diária em se aceitar, hoje mais uma vez, ela renovou a descoberta diária que seu anjo de luz nunca a abandona!

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