sábado, 1 de novembro de 2008

Blackbird

"...e naquela noite quando o vento uivava na fresta de sua janela, ela tentava abri os olhos. No quarto sem cortinas, com a luz da lua cheia invadindo o seu canto de descanso, as imagens das galhas das arvores a se movimentar pela ação do vento formavam cenas impares. A lua a chamava. A noite a chamava. O movimento da natureza noturna praticamente a atraía para fora do quarto. E como num transe, ela sentou-se na cama e percebeu seu corpo morfar. Abriu a janela e se dirigiu para próximo dela. Era a deusa lua chamando-a. E ela não podia e nem queria lutar contra aquilo. Chegava a hora de aceitar a mudança, a transformação e sair voando. Era a liberdade lhe sendo oferecida e ela apenas aceitava de bom grado. A metamorfose estava quase completa e a transformação prestes ao fim. E negra como a noite, as penas se mostravam. Não era um pássaro feio ou grotesco, não, nada lembrava a noite escura e horrenda de contos e filmes B de terror. Era apenas um novo modo de encarar a liberdade. Um liberdade fresca, com luz prateada e noturna. Chegada a hora, ela apenas voou. E no alçar da noite, pode viajar aos lugares que sempre quis, sem necessidade de se preocupar com a hora de voltar. E pode observar tudo de cima. A sua existência. A sua cidade noturna. O brilho cintilante da noite através das estrela e lua. Pode sentir o cheiro de liberdade. Pode sentir o frio da liberdade. E pode voltar a voar sem medo de se machucar novamente." (Angel Izzarottiv)

Postado ao som de Blackbird - Alter Bridge e Freak on a leash - KoRn and Amy Lee

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