domingo, 26 de outubro de 2008

Não sou carne barata...

(Picasso - As damas d'Avignon)

E a vida tem seguido...as crianças morrem quando deveriam viver, porém através da morte é que outros renascem. As autoridades mantem-se a mesmas, ninguém sabe quem é o culpado, ninguém quer ser culpado. As 24horas parecem ter reduzidas 6horas pelo menos. Os dias ficam mais claros, as noites demoram chegar, mas tudo corre, corre, corre e no fim de tudo nada foi feito...

Estou cansada. Querendo mudar, mas ainda presa no solo como uma árvore centenária. A única certeza dos últimos dias é o retorno ao ínicio de tudo em minha vida. E me libertei do desejo, da vontade e de um amor que nunca existiu. E voltei a ser rocha novamente. A ter pensamentos negros. A escutar música forte para fortes. E a novamente procurar um novo locatário, já que o antigo morador desse coração foi embora...Na verdade apenas o que permanece aqui nessa pousada chamada coração são minhas convicções, meus desejos e a certeza de que eu sou um ser especial, mas aquele na qual completo está preso em algum corredor do labirinto da vida...

Descobri que não aprendir a confiar. Que sou perfeccionista e egoísta. Que sinto desejos que ninguém sente. Que sou atrativa pra uns poucos. Que escolho e talvez seja escolhida. Que sou forte como rocha magmática. Dura como diamante. Rápida como chiita. E melhor que muitas por aí. E foda-se quem acha o contrário. Eu descobri que ser eu é muito bom e mudanças virão...

"Sentia proteção infantil, mas permanecia assustado, acuado em situação-hiena...Não sou carne barata, varejo imaginário, pedaço no atacado, que pena!!!"

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