segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Uma interessante tarde chuvosa em janeiro...


Passei a tarde neste quarto, tentando entender o que anda acontecendo comigo. A chuva caía numa melodia maravilhosa, e meus pensamentos pareciam ser totalmente levados por suas gotas que unidas sobre o chão formavam um rio. Engraçado, a senhora das respostas não as tinha neste momento. A dona da razão, não compreende a razão de estar parada e absorta diante de tamanho sinal de interrogação. A garota esperta virou uma boba, e não consegue saber o caminho a escolher.

Ao mesmo tempo, um sorriso nos lábios, um cheiro de chuva, uma música francesa que a lembrava Amélie Poulain vinha a seu encontro. Incrível, mas a chuva ajuda a acalmar. O cheiro faz lembrar da infância. E o som francês a lembra que a muito o que conhecer ainda. São três excelentes estímulos à vida... O visual ao ver toda a chuva buscar o solo... O olfativo, esse aroma de infância que traz à tona essa felicidade incomum... O auditivo, esse faz o coração bater bonito, compassado, apesar de muitas vezes acelerar-se do nada... Faltaram dois sentidos, isso é vero... O tato e o paladar, digamos, são parte do desejo desta tarde chuvosa do fim de janeiro...

Sim, tato e paladar... Toque e sabor... Duas ações distintas, mas tão complementares, quando o que se vislumbra é algo novo... 18:01h...ouço o sino longe badalar... a chuva continua a cair... o cheiro ainda está no ar... a música francesa que me remete a Amélie ainda está a tocar... E como num déjà vú, sinto o toque, o sabor, e todas as sensações já vivenciadas nestes últimos 29 anos na Terra...

Mas, apesar de tantas, espero uma mais especial... neste momento toca "La valse D'Amélie", incrível como essa música me traz uma imagem especial, um nome real e um desejo antigo: 'Sophia' - sabedoria em português... isso é o mais importante neste momento... Aquele sorriso bobo me volta aos lábios... e as 18:05h resolvo que estas palavras já estão por demais sensibilizadas, enraizadas, e felizes por brotarem dessa mente, dessa alma, e ganharem forma nos toques de minhas mãos neste teclado...

E a vida continua neste lugar chamado Terra...

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